Susto mesmo!

"Ser mãe é uma benção divina, porém vem com várias responsabilidades e surpresas que só vemos com o tempo."

Familiar essa frase?! Para mim é. Lí a própria no blog da querida Vivi Costa (neste post) a menos de dois meses atrás...

Hoje sou eu que volto do "E.R." (Pronto-socorro) com a minha Olivia nos braços depois de um susto do mesmo gênero.

Meu esposo teve muitos problemas de ouvido quando bebê. Antes do terceiro mês de vida, ele já tinha passado por uma cirurgia para colocar tubos no canal auditivo. A minha sogra relembra quantos sustos que ela passou com o quinto menininho dela, o que deu mais trabalho devido justamente à saúde. Muitas vezes ele teve convulsões febris. A genética dele é forte pelo jeito...

A Tulipa, sempre teve muitas (11 vezes no primeiro ano de vida) infecções nos ouvidos, e apesar de não ter feito a tal cirurgia, assim como o pai, também nos assustou tendo as tais convulsões febris.
Infelizmente não consigo esquecer da cena horrível e do desespero que me dominou nas duas vezes que aconteceu (com 10 meses e com 18 meses). 

Estávamos assistindo tv, com preguiça de começar o processo de colocar as criancas na cama... A Olivinha estava amoada e chatinha deste o meio da tarde (sendo que ela é SUPER boazinha) e ela esteve febril durante o dia, mas nada que me preocupasse além do mais ela esta com 2 dentes por semana rompendo então sabia que isso estava incomodando-na. Derepente, eu com a Lola dormindo em meus braços e a Olivia deitadinha encontrada em mim, vejo que ela começa com uns movimentos suspeitos, olho pra ela e "grito" desesperada pro Rob, que esta a um metro de distancia de nós: "A Olívia esta tendo uma convulsão temos que levá-la agora pro hospital!"
Corremos pra sala, coloquei a bebê Lola no sofá e pedi ajuda pra Tulipa (de 4 anos, tadinha), meu mundo girava, corri pegar um cobertor pra enrola-lá, pois esta muito frio aqui (1o C mais precisamente) e subimos correndo (eu moro em um basement), enquanto eu tentava desesperada bater na porta da vizinha de cima, pra que ela olhasse as crianças (infelizmente justamente hoje, minha mãe, meu irmão e minha irmã não estavam dormindo na minha casa), o Rob entrou no carro e com a bebê Olívia no colo mesmo dirigiu até o hospital, que felizmente fica a 1 minuto de distância da minha casa. (Fica literalmente atrás da minha casa, com um portãozinho que conecta ao gramado do hospital, porém com essa temperatura e nas situações que nos encontravamos, não dava para ir andando. (e levaria 5 minutos)

Liguei pra duas vizinhas que não atenderam (era 10 pm), então falando aos prantos com a minha mãe me lembro que a esposa do nosso ex-bispo, que mora duas casa pro lado da nossa, é a professora do Enzo no berçário, então seria confortável pra ele. O bispo Coliar atendeu, e em 3 minutos eles estavam aqui.
Nesses três minutos eu troquei a fralda da Lola, preparei uma mamadeira e arrumei a mala com fraldas e roupa pra Olivia.
A Tuli estava chocada e quis ir comigo. Enquanto eu dirigia, ela fez uma oração pela nossa menininha e nossa família.
Quando chegamos ela estava em observação dormindo. Um anjinho. Fizeram vários exames, inclusive de sangue. A febre estava 38.8 na entrada. E logo começou a baixar. Os exames deram bons. O batimento cardíaco dela estava levemente acelerado, mas isso não impediu de 2 horas depois ela estar recebendo alta, com a recomendação de observarmos-na, controlarmos sua febre e caso se repita temos que voltar pro hospital. Ela parece bem melhor e foi mais um susto, mesmo. Mas ai QUE SUSTO! Mãe nenhuma merece passar por isso. E isso me provou que eu ( pelo menos) nunca estarei preparada, ou vou reagir melhor pra esse tipo de coisa, pois mesmo já tendo tido experiência do gênero no passado, ainda assim tive tanto medo.

Sou grata por morar nessa terra abençoada. Sou grata por ter Medicaid para os meus filhos. Sou grata por meus vizinhos serem membros da Igreja e por eles terem nos ajudado. Sou imensamente grata pelo amor do Pai Celestial para comigo e minha familia.